Apresentação do Senhor



Jesus, a Luz do Mundo!

02 de Fevereiro

“Uma luz que brilhará para os gentios e para a glória de Israel, o Vosso Povo” (Lc. 2, 32).

“A união entre mãe e filho na obra da redenção manifesta-se desde o momento da concepção virginal de Cristo até a sua morte, [...] e quando ela o apresentou ao Senhor no templo com a oferta do Dom específico dos pobres, ouviram de Simeão as palavras que prenunciaram que o filho se tornará sinal de contradição e que uma espada transpassaria a alma da mãe para que fossem revelados os pensamentos de muitos corações” (Vaticano II – LG – 57).

Lemos que: Quando se completarem os dias (40 dias após o nascimento), José e Maria levam o menino Jesus ao templo em Jerusalém, para ser consagrado a Deus, conforme esta escrito: “Todo o filho primogênito varão será consagrado ao Senhor”. Ofereceram o sacrifício dos pobres, um par de rolinhas ou pombinhos, conforme ordena a lei.
Se todo o primogênito era propriedade de Deus, Jesus o era mais do que ninguém.
O templo está repleto da Glória de Deus, inundado pela da figura do Santo Menino, ele é: “A luz verdadeira destinada a iluminar as trevas do mundo”.
Somente os de coração aberto e os generosos, os simples e puros de coração, são capazes de sentir a presença e a ternura desta luz. É o caso do velho Simeão e da Profetiza Ana, que aguardaram, com os sacrifícios e penitências, a chegada daquele momento:
“Contemplar aquele que é a luz do mundo”.
Embora não estivesse obrigada, Maria quis sujeitar-se a Lei como as outras mães, assim como Jesus aceitou também a circuncisão e as demais prescrições da Lei Judaica.
Neste mistério da apresentação de Jesus, as mãos puras de Maria são a primeira patena sobre a qual Deus coloca a primeira hóstia; e dessa patena, a tomou o sacerdote do templo para elevá-la sobre o altar e oferecê-la ao Pai. Sabemos também, que toda a oferta consiste em uma renúncia, então Maria ao apresentar o menino de suas entranhas, carne de sua carne e sangue de seu sangue, inicia o mistério da dor que será completado aos pés da cruz, a cruz será a espada de dor que transpassará sua alma.
Temos então que a apresentação do Senhor além de ser um mistério gozoso é também um mistério doloroso.
Simeão, movido pelo Espírito Santo, veio ao templo, era chegado o momento, o ancião tomou o menino em seus braços e louvou a Deus pelo cumprimento da promessa, ele contemplaria a luz das nações e a glória de seu povo. Simeão não desejava mais nada, pois eu tudo era aquele menino.
E com os olhos irradiando emoção e luz, olhou para Maria e disse: “Este menino será um sinal de contradição... e quanto a ti uma espada de dor transpassará tua alma”.
“Ó portas, levantai vossos frontões! Elevai-vos bem mais alto, antigas portas, a fim de que o Rei da Glória possa entrar!” (Salmo 23).
“Como Simeão e Ana, tomai Jesus dos braços de sua Mãe Santíssima, repletos de alegria pelo dom da vocação; levai-o a todos. Cristo é a salvação e a esperança para cada homem” (João Paulo II).
Maria apresenta o Cristo como luz que ilumina as trevas... O cristão é alguém que espera. O círio aceso enfatiza esta atitude, e a procissão com velas expressa muito bem o
“Ir ao encontro com o Cristo que vem”.

Paz e Bem!
Márcio Antônio Reiser O.F.S.

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