Santa Elisabete Ana Bayley Seton

Esposa, mãe, viúva e religiosa fundadora
 
14 de Janeiro

A primeira santa dos Estados Unidos

O ano de 1774 marcou profundamente a história dos Estados Unidos da América. Foi neste glorioso ano que começaram  as insurreições que terminariam na independência dos Estados Unidos.
Foi justamente no dia 28 de Agosto de 1774 que veio ao mundo Elisabete Ana Bayley, filha do ilustríssimo Dr. Bayley, médico de fama internacional. Seu avô materno era pastor da Igreja Episcopal de Nova Iorque e foi nesta igreja que Elisabete foi batizada.
Elisabete era uma menina feliz, fiel observante dos preceitos ensinados pelo seu avô pastor. Tudo corria da melhor forma possível; seu pai, sempre muito ocupado com sua profissão, dava pouca atenção à filha e até mesmo à esposa.
O bem mais precioso de Elisabete foi-lhe tirado pouco depois que completou três anos. Sua mãe faleceu repentinamente; seus dias felizes e ensolarados tornaram-se tristes e acinzentados.
Dr. Bayley, muito jovem, contraiu segundas núpcias; a madrasta sempre demonstrou que não lhe queria muito bem. A menina sentia-se abandonada, apesar dos esforços de seu pai em tentar suprir a falta da mamãe.
Sozinha e sentindo-se infeliz, Elizabete Ana buscou nas Sagradas Escrituras o consolo tão desejado. Abriu-se aos valores espirituais e às leituras religiosas.
Aos vinte anos, Elizabete viu-se apaixonada pelo bem sucedido comerciante William Seton. Casaram-se e dessa união nasceram dois meninos e duas meninas.
A vida corre tranquila para os Seton até que os negócios da família são atingidos por uma violenta crise financeira. Perdem tudo, bens móveis e imóveis, as dívidas se amontoam e como consequência Sr. William Seton adoece gravemente; está com tuberculose.
Foi nesse tempo de contratempos que os Seton receberam um convite providencial dos italianos Felicchi e com eles partem para a Itália em busca de dias melhores e da saúde do Sr. Seton.
Poucos dias depois de chegar a Litorno, Itália, William Seton veio a falecer. Viúva e com quatro filhos, Elisabete ergue a cabeça e com uma fé inabalável decide permanecer na casa dos italianos.
O testemunho de fé daquela família italiana foi, aos poucos, transformando os sentimentos de Dona Elisabete. Tudo parecia correr bem, sem grandes novidades, e foi nesses dias que recebeu a notícia do falecimento de seu pai, Dr. Bayley.
Pouco a pouco o catolicismo vai atraindo e cativando o coração de Elisabete. Sentia-se atraída pelos Sacramentos da reconciliação e principalmente da Eucaristia. Por mais algum tempo e depois de muita oração decide tornar-se católica junto com seus quatro filhos.
Elisabete, depois de uma longa estadia na Itália, retorna aos Estados Unidos, e lá revela sua intenção de tornar-se católica assim como seus filhos.
Muitos de seus familiares e amigos dão-lhe as costas e começam a desprezá-los. Logo após o recebimento dos Sacramentos, a família Seton sente-se imensamente feliz e revigorada na fé.
Nesse tempo a Sra. Seton estava com 29 anos e um novo vigor tomou conta do seu coração: era o Espírito Santo que suscitava seus desejos em seu coração.
Por aquele tempo as crianças católicas não tinham acesso às escolas e na maioria das vezes eram obrigadas a mudar de religião.
Seria preciso urgentemente criar-se escolas paroquiais para atender aos irmãos e filhos dos irmãos na fé. Assim, ajudada por outras jovens generosas, dá início às primeiras escolas católicas paroquiais.
As escolas paroquiais foram sendo criadas em todas as cidades e assim todas as crianças e adolescentes teriam direito à educação gratuita e sem distinção de credo.
Com Dona Elisabete surge uma nova instituição religiosa, as Irmãs de São José, que hoje são mais de dez mil a serviço da educação cristã.
Irmã Elisabete foi sempre incansável e zelosa no trato com todos. Seu olhar brilhante e seu sorriso farto marcavam sua existência. Era também um tudo para todos.
Com apenas 47 anos e cheia da Graça divina, tomando em suas mãos o santo terço, companheiro inseparável de sua caminhada, sente-se enfraquecida fisicamente e pouco a pouco vai percebendo que sua vida está no fim.
Une-se em oração com todas as irmãs e também com seus filhos; por algumas horas permanecem em oração.
Em seus últimos momentos pronuncia os sagrados nomes de Jesus, Maria e José, recebe os Santos Sacramentos e, reconciliada com Deus e os irmãos, entrega sua alma ao Senhor.
Seu exemplo e seu testemunho atravessam gerações e engrandecem seus descendentes.
Foi no ano de 1975 que o então Papa Paulo VI declarou
Santa Elisabete Ana Bayley Seton, a primeira santa dos Estados Unidos.
Que o testemunho desta leiga nos inspire.


Paz e bem!     

Comentários

Anônimo disse…
meu nome é maíra sou católica e fico feliz por sua obra de evangelização continue sempre assim fique com Deus, Jesus te ama e Maria é com tigo!

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